Introdução: O papel do Índice Tornozelo-Braço
(ITB) como marcador de doença aterosclerótica e
de mortalidade por doenças cardiovascular e cerebrovascular
já está bem definido. O ITB é obtido de forma
não invasiva e com baixo custo, o que o torna extremamente
importante para definir ações de saúde.
Objetivo: Detectar a prevalência de doença arterial
obstrutiva periférica (DAOP) em uma população
assistida pelo Programa de Saúde da Família (PSF),
bem como avaliar a possibilidade da utilização do
ITB no planejamento de ações de promoção
de saúde da população avaliada.
Pacientes e Métodos: Foram avaliados, por amostragem domiciliar,
pacientes com idade superior a 40 anos, assistidos pelo PSF de
Divisa Nova - MG. Foram inclusos todos pacientes sintomáticos
e assintomáticos em relação a DAOP, obtendo-se
o ITB e além da aplicação de um instrumento
para avaliação de fatores de riscos associados a
DAOP. Foi considerado como portador de DAOP a presença
de ITB < 0,9.
Resultados: A população assistida pelo PSF é
de 5926 pacientes, sendo que 1809 apresentavam idade superior
a 40 anos. Foram avaliados 134, correspondendo a 7,4 % desta população.
Destes, 47 homens e 87 mulheres. A prevalência de ITB <
0,9 foi de 22,3 % na população geral, não
havendo diferença na prevalência entre homens e mulheres.
Discussão: O ITB apresenta boa reproducibiliade, de baixo
custo e é um marcador bem definido de doença aterosclerótica
difusa, com alta taxa de mortalidade entre pacientes portadores
de DAOP, definida com o ITB. Em um programa de assistência
de saúde domiciliar a utilização deste marcador
define um grupo de pacientes que devem ser abordados com profilaxia
para eventos cardiovasculares.
Conclusão: A aferição do ITB como rotina
em programas de assistência familiar domiciliar é
um método extremamente útil e barato, como forma
de selecionar um grupo de pacientes com maior risco de eventos
cardiovasculares e, com isto, delinear ações de
saúde voltadas para estes pacientes.
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