Introdução: O trauma é um grave problema
de saúde pública, afeta todas as faixas etárias.
É a segunda causa de morte na faixa etária até
os 45 anos e a terceira causa na população em geral.
No Brasil, estima-se que para cada pessoa que morre por trauma,
outras 3 ficam com seqüela incapacitante permanente, engrandecendo
o custo social.
Objetivo: Relatar a prevalência do trauma em uma população
assistida pelo Programa Saúde da Família (PSF),
bem como sua freqüência, gravidade e presença
ou não de seqüelas incapacitantes permanentes.
Material e Métodos: Foram avaliados por amostragem domiciliar
uma população com idade superior a 40 anos, assistidos
pelo PSF da cidade de Divisa Nova - MG, através de instrumento
de entrevista específico que avaliava os antecedentes de
trauma e suas conseqüências.
Resultado: A população assistida pelo PSF é
de 5.926 pacientes, sendo que 1.809 apresentam idade superior
a 40 anos. Foram avaliados 134 pacientes, correspondendo a 2,26%
desta população; destes, 47 homens e 87 mulheres.
A prevalência do trauma nesta população é
de 34,3% (46 casos); destes, 58,7% correspondem ao sexo feminino
e 41,3% ao masculino; sendo 8,9% (12 casos) eram portadores de
seqüelas incapacitantes decorrentes do trauma, correspondendo,
na maioria dos casos, com déficit motor.
Conclusão: Na população estudada os antecedentes
de trauma e o número de seqüelas é alto. Considerando
estes dados, medidas de prevenção deverão
ser contempladas nas ações de saúdes exercidas
pelo PSF.
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