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Emagrecimento - Só lógica não basta

Como explicar que pessoas inteligentes, bem sucedidas, muitas vezes de classe média ou alta, nível universitário, informadas sobre problemas de saúde e estética, que já passaram por diversos tratamentos com excelentes profissionais, continuem perdendo a guerra contra a gordura? Isso ocorre porque só a lógica e a persuasão não funcionam.
Problemas emocionais - arcaicos ou não - não resolvidos podem produzir uma “fome” de caráter incontrolável ou insaciável, causando a ingestão excessiva de alimentos, o que leva a pessoa a engordar. O alimento, neste caso, atua como “consolo”.
Estabelecida a relação emoção-comida, ela se torna automática e inconsciente. Cada vez que a ansiedade aumenta, é compensada pelo alimento. Com uma orientação nutricional equilibrada, as quantidades de alimento são reduzidas e isso provoca um “rebote” de ansiedade que poderá levar de novo ao prato. Você sabe o que fazer, mas... não consegue...
Para identificar o que, fora a fome, o leva a comer, é necessário um levantamento do papel das emoções, sentimentos e pensamento que atuam como “gatilho” para a comida. Uma vez identificado e tratado, é feita a desconexão entre emoção e comida.
Habitualmente, emoções como ansiedade, medo, raiva, stress, frustração, vergonha, cansaço, perdas, tristeza, depressão, e outros, estão associados com a alteração do apetite.

A gordura, depois de instalada, poderá adquirir caráter de ganho secundário. A pessoa engorda e usa, sem perceber, este fato para justificar uma série de comportamentos como timidez, dificuldades de relacionamento, dificuldades sexuais, conjugais, fuga de responsabilidade, necessidade de atenção, etc. Se este “ganho” não for trabalhado, o problema permanecerá. Exemplo disso é a pessoa muito tímida que usa inconscientemente a gordura para “justificar” a não participação social. Se a timidez não for tratada, o problema de peso continuará.

Cerca de 50% das pessoas que são ou estão gordas têm alterações de auto-imagem (do “retrato mental” de si próprias). O trabalho de reconstrução da auto-imagem é essencial. A pessoa pode estar magra, mas se não se sentir magra voltará a engordar.
À medida em que cresce a auto-estima, cresce a segurança e diminui a necessidade de comer sem fome, e a pessoa terá mais facilidade para aderir a um plano nutricional. O escudo que a gordura proporciona, sua função de defesa ou ataque, já não é mais tão importante.
Comumente, as pessoas que querem emagrecer se defrontam com um conflito: desejam emagrecer mas em seu inconsciente, temem emagrecer. Toda vez que há um conflito entre a vontade consciente e a emoção inconsciente, vence o inconsciente! Daí a necessidade de autoconhecimento psicológico, o que se faz mediante psicoterapia.

Grandes adversários do emagrecimento são a impaciência, a inflexibilidade, a resistência a mudanças e a baixa tolerância à frustração.
Nossos atos muitas vezes são irracionais. Temos medo de coisas que não constituem ameaça, fazemos coisas que aparentemente não condizem com nossos objetivos. Por isso, é necessário nos conhecermos, termos acesso a camadas mais profundas de nossa personalidade, de nossas emoções. Isso exige participação por parte do paciente.

POR ISSO, SÓ LÓGICA NÃO BASTA !!!!

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