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Bom é o escurinho

Cientistas norte-americanos publicaram recentemente, na conceituada revista Science, um estudo demonstrando que a luminosidade do ambiente prejudica o sono e impede o organismo de se recuperar devidamente do cansaço do dia.

A equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, chefiada pelo doutor David Klein, concluiu que a causa desse sono pouco reparador é uma enzima, batizada de proteasoma. De acordo com Klein, a proteasoma é ativada pela luz e bloqueia a produção do hormônio melatonina, que age no sistema nervoso e regula a recuperação do organismo durante o sono.

Os efeitos da enzima, segundo a pesquisa, seriam diretamente proporcionais à intensidade da iluminação ambiente – ou seja, quanto mais luz existir no local onde a pessoa dorme, menos reparador será o sono e maior a sensação de cansaço que experimentará ao acordar.

Outra conclusão importante do estudo é a de que a proteasoma não afeta somente o sono noturno, mas age negativamente sobre todo o chamado ciclo circadiano – o conjunto das diversas funções biológicas que nosso organismo desempenha também durante o dia, como a circulação, a digestão e a respiração.

Na opinião de Ademir Baptista Silva, professor de Neurologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), as conclusões da pesquisa realizada nos Estados Unidos indicam que o melhor é dormir num ambiente sem qualquer iluminação, para que o organismo tire o maior proveito possível do descanso noturno.

Mas se você for daqueles que não conseguem dormir num escurinho absoluto, opte ao menos por lâmpadas de pequena intensidade e mantenha-as acesas fora de seu quarto, para que a luz seja o mais indireta possível.

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